Você está pensando em trocar moto a gasolina por uma moto elétrica? Então veio ao lugar certo! A presença crescente das motos elétricas no mercado é evidente.
Novos modelos e marcas chegam a todo instante ao país, chamando a atenção pela promessa de economia em momentos de altos preços dos combustíveis.
No entanto, como ainda é uma novidade, poucas pessoas tiveram a chance de adquirir ou pilotar uma moto elétrica. Isso gera dúvidas sobre sua construção e como funciona.
Mas, estamos aqui para destacar que há muitas diferenças em relação aos modelos a combustão, continue essa leitura para entender mais sobre o assunto!
Como funcionam as motos elétricas?
Apesar de terem semelhanças visuais, as motos elétricas apresentam diferenças em seu funcionamento em comparação com as motocicletas convencionais.
É óbvio que elas são impulsionadas por um motor elétrico alimentado por uma ou mais baterias, na maioria das vezes fabricadas com íons de lítio ou chumbo, ao invés do motor a combustão interna movido a gasolina (ou etanol nos modelos flex).
Ao invés de ter que ir a um posto de combustível para abastecer o tanque, o dono de uma moto elétrica precisará conectar o veículo a uma tomada e aguardar algumas horas para completar a carga da bateria ou aumentar a sua autonomia em alguns quilômetros. Em estações de recarga rápida, esse tempo pode durar apenas alguns minutos.
Também existem modelos que permitem a troca dos módulos de bateria descarregados por outros já carregados em postos especializados.
A maneira de pilotar uma moto elétrica é extremamente parecida com a condução de uma moto a combustão, mas com a vantagem de o condutor não precisar mudar de marcha, tornando a experiência de pilotagem mais confortável e simples. Apenas acelerando na manopla do lado direito a moto elétrica ganha velocidade.
As motos elétricas são mais econômicas?
De maneira geral, é verdade. Para percorrer uma distância de 100 km, uma moto elétrica utiliza em média 2 kWh, enquanto um modelo a combustão de 160 cm³, como a Honda CG, necessita de cerca de 2,5 litros de gasolina, em média.
Considerando o valor do kWh em R$ 1,26 e o preço médio do litro de gasolina comum (R$ 6,50), 100 km com uma moto elétrica teriam um custo de R$ 2,52, enquanto que um veículo a gasolina custaria R$ 16 para percorrer a mesma distância.
O custo-benefício depende das necessidades individuais de cada pessoa. Por exemplo, se um motociclista percorre 100 km por semana, ao final de um mês, o aumento em sua conta de luz seria de somente R$ 10,08.
Por outro lado, se o mesmo cálculo fosse aplicado a uma moto de 160 cm³ e ao preço médio de R$ 6,50 por litro de gasolina, o gasto mensal com combustível seria superior a R$ 40.
Qual a vida útil de uma moto elétrica?
A durabilidade de uma bateria para motocicletas elétricas depende da sua fabricação e modelo, não existindo um tempo padrão definido. Entretanto, atualmente, a média para a vida útil dessas baterias é de 4 anos.
Ademais, o uso frequente impacta diretamente na duração da bateria, sendo perceptível que se utilizada diariamente em percursos extensos, ela terá um desgaste mais acelerado.
É preciso ter CNH para pilotar uma moto elétrica?
Para pilotar uma motocicleta elétrica com potência inferior a 4 kW, é obrigatório possuir CNH (Carteira Nacional de Habilitação) categoria A ou AAC (autorização para condução de ciclomotor), equivalente a ciclomotores.
Qualquer veículo que ultrapasse a velocidade máxima de 25 km/h também exige a habilitação correspondente. Por outro lado, patinetes, monociclos e bicicletas elétricas com pedal não requerem a habilitação.
Tenho que emplacar a moto elétrica?
Deve-se emplacar a motocicleta elétrica se for necessário possuir CNH para conduzir, pois qualquer veículo que exige a habilitação também necessita de emplacamento. Algumas motos elétricas já estão cadastradas nos órgãos de trânsito e legalizadas pelas autoridades brasileiras, por isso, é indispensável apurar a obrigatoriedade de emplacamento ao comprar um veículo desse tipo.
Vantagens das motos elétricas
- Menor custo para abastecer;
- Menor custo de manutenção;
- Não polui o meio ambiente;
- Silenciosa.
Desvantagens das motos elétricas
- Preço de compra elevado;
- Menor autonomia entre cada recarga;
- Poucos postos de carregamento disponíveis.
Pode andar com moto elétrica na rua?
Sim, o Contran determina que os ciclos elétricos devem possuir uma placa para poder circular em áreas públicas, de acordo com a resolução 934/22. Logo, é necessário pagar o IPVA e fazer o licenciamento a cada ano.
Vale lembrar que os ciclos elétricos não são permitidos em ciclofaixas, onde apenas bicicletas, patinetes, patins e pedestres são permitidos.
Quanto custa o IPVA de uma moto elétrica?
Quanto ao custo do IPVA para motos elétricas, na cidade de São Paulo, os condutores de veículos elétricos têm direito a um reembolso de 50% do valor do IPVA.
É válido ressaltar que há quatro estados que possuem alíquotas diferenciadas de IPVA para proprietários de veículos elétricos. Veja logo a seguir quais são eles:
- Minas Gerais;
- Mato Grosso do Sul;
- Rio De Janeiro;
- São Paulo.
Em São Paulo, é possível obter um desconto de 50% no IPVA para carros elétricos e híbridos de qualquer valor. Esse desconto pode resultar em um reembolso de até R$ 3.300.
A prefeitura abre mão do percentual que seria do município, mantendo apenas a cobrança dos outros 50% que o estado recolhe.
Hoje em dia, a isenção do IPVA é garantida para veículos elétricos registrados em nove regiões do Brasil:
- Ceará;
- Distrito Federal;
- Maranhão;
- Paraná;
- Pernambuco;
- Piauí;
- Rio Grande do Norte;
- Rio Grande do Sul;
- Sergipe.
Dessa forma, proprietários de veículos movidos por motores elétricos ou força motriz elétrica nessas áreas não se preocupam em pagar o IPVA.
No geral, as motos elétricas são uma opção atraente para quem procura uma alternativa mais limpa e eficiente às motos movidas a combustível. Caso este conteúdo tenha sido útil para sanar as suas dúvidas, não deixe de compartilhar com os seus amigos!