O preço da gasolina foi um dos assuntos mais comentados durante o ano de 2021. Os valores altos passaram a pesar mais no bolso dos consumidores e refletiram direto em outros tipos de produtos, pressionando a inflação.
Mas, e em 2022? Esses preços vão continuar altos? Quais são as chances da gasolina atingir os R$ 10 por litro? Para entender mais sobre este assunto, basta continuar lendo o conteúdo!
Quanto vai custar a gasolina em 2022?
Ano passado o valor da gasolina assustou muita gente, chegando a custar cerca de R$ 7. A diferença entre o preço do litro entre os países, segundo o Global Petrol Prices, é influenciada por uma série de tributos e subsídios diferentes.
Já no caso do Brasil e de muitos outros países, há também o preço da importação e de outros fatores que resultam em preços mais altos, como o valor do petróleo e a cotação do dólar.
A gasolina é um produto derivado do petróleo que, por sua vez, é vendido por barril e cotado em dólar. Caso o preço do barril de petróleo aumente, como ocorreu nos últimos anos, é natural que o preço da gasolina também aumente.
Estes dois fatores são bem voláteis e estão mais suscetíveis a variações, por essa razão fica mais difícil fazer previsões. Outro fator que gerou grande impacto sobre o preço do petróleo foi o desenrolar da pandemia.
E há um novo fator que entra nessa soma: a invasão da Rússia à Ucrânia. A previsão de alta é de até 10% nos combustíveis e gasolina a R$ 9,50.
As projeções de especialistas indicam que os consumidores poderão sentir esse impacto em até 15 dias, sendo acompanhados de um novo reajuste de preços da Petrobras.
Os preços dos combustíveis fósseis no Brasil poderão sofrer um reajuste de até 10% como resultado dos desdobramentos econômicos devido ao conflito que gerou após a invasão da Rússia à Ucrânia.
De acordo com os especialistas, caso esse conflito se intensifique ou se prolongue por mais tempo, os brasileiros irão pagar cerca de R$ 9,50 pelo litro da gasolina comum.
Qual o valor de um litro de gasolina hoje no Brasil?
Após o reajuste que a Petrobras promoveu nas refinarias na segunda semana de janeiro de 2022, o preço médio da gasolina e do etanol ficou elevado. Na última semana de janeiro, o litro do combustível chegou a cerca de R$ 8 pela primeira vez no país, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Já o valor do etanol está na faixa de R$ 7,50 o litro, o que assusta muita gente.
Crise na Ucrânia pode fazer o preço do petróleo disparar
As tensões geopolíticas na Europa atingiram um ápice que o mundo não via há décadas, desde a Segunda Guerra Mundial. O conflito entre a Rússia e a Ucrânia remonta à anexação da Crimeia em 2014 apenas e foi piorando desde o final de 2021.
Nos últimos dias, o mundo todo parou para acompanhar o confronto entre Rússia e Ucrânia. Ao contrário do que muitos imaginam, as consequências de uma guerra desse nível poderá afetar diretamente os brasileiros, em principal quando o assunto é o preço da gasolina.
Esse conflito levou os mercados a uma grande volatilidade, resultando em reflexos que são facilmente visíveis na inflação e no valor dos combustíveis ao redor do mundo todo.
Além dos grandes prejuízos e perdas irreparáveis que uma guerra pode causar, como as diversas vidas perdidas, o confronto também será o responsável por causar o aumento do preço da gasolina vendida no Brasil e também em outros países.
Para ter uma ideia melhor, na quinta-feira, dia 24, após ser anunciada a invasão militar da Rússia na Ucrânia, o preço do barril de petróleo foi às alturas e chegou aos US$ 100, pela primeira vez em sete anos.
Isso significa que, já é caro para os países, para o Brasil então essa situação torna-se ainda pior devido à desvalorização do real. Diante dessa situação e considerando a cotação atual, em que um dólar equivale a R$ 5,16, o preço do barril de petróleo será vendido por cerca de R$ 516.
Quais são as previsões para o preço da gasolina?
O grande desafio vem do fato de que a Rússia é a maior produtora de petróleo do mundo. E também é membro da Opep+, organização de países produtores.
Neste cenário de oferta apertada, qualquer disfunção na cadeia poderá gerar ainda mais inflação em todos os países. E para além dos acordos diretos dos combustíveis, o conflito direto também gera impactos negativos à percepção de risco global.
E os países emergentes, como é o caso do Brasil, sofrem neste cenário, conforme aponta Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital. Poderá, ainda, haver uma fuga de dólares para mercados mais seguros.
Somando o valor do petróleo com um real desvalorizado, o Brasil enfrentaria uma piora em sua situação de juros e inflação. De acordo com uma projeção da Selic, o ano terminaria acima de 12%.
Ativamente, o Brasil tem mais de 40% dos preços expostos dentro do IPCA, cuja dinâmica está ditada no mercado internacional. Sendo este um momento de grande pressão para o Bando Nacional.
E, além da Rússia, existem outros fatores geopolíticos aos quais os analistas estão atentos. Como a piora na instabilidade na Líbia, onde a guerra civil fez com que o preço do Brent ficasse maior que 120 dólares em 2012.
Bem como um provável acordo nuclear com o Irã e os desdobramentos da pandemia, que também estão de olho.
Como você pôde ver neste conteúdo, conforme todos os sinais e fatores que ocorrem no mundo, a previsão é que o combustível no Brasil possa atingir a casa dos R$ 10.
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